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Agentes de combate à dengue coletam dados para levantamento de infestação do Aedes aegipty

15/05/2023

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Créditos: Mateus Grechi

Agentes de combate a endemias de Esteio estão visitando residências e estabelecimentos comerciais e industriais de Esteio para fazer coletas da segunda pesquisa do ano do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti. O LIRAa tem como objetivo estimar os níveis de proliferação do inseto transmissor de dengue, febre chikungunya e zika no município, fornecendo informações importantes à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para combater o mosquito. 

Para que a ação tenha mais eficiência, a comunidade deve colaborar, permitindo o acesso das equipes da Prefeitura, tendo o cuidado de verificar a identificação do funcionário, como uniforme e crachá, por exemplo.

A primeira rodada do LIRAa em 2023, realizada em janeiro, gerou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 3,1, considerado como médio risco de infestação pelo Ministério da Saúde (a grosso modo, quer dizer que 3,1% dos imóveis esteienses têm a presença do vetor). As próximas coletas serão em agosto e outubro.

Comparando com janeiro de 2022, houve uma queda de 9.2 pontos percentuais. No mesmo mês do ano interior, o IPP de Esteio estava em 12,3, considerado alto pelo MS.

A queda, entretanto, não significa que se pode relaxar com os cuidados ou que os esteienses não correm risco de contrair dengue e as demais doenças. Os números, inclusive, estão bem acima do que a cidade já atingiu num passado próximo. Com intensificação de ações simples por parte dos moradores, Esteio já chegou a ter um IPP de apenas 0,1, registrado, justamente, num mesmo mês de janeiro, só que no ano de 2020. O maior valor foi apontado em abril do ano passado: 12,7.

De acordo com a SMS, no ano passado, Esteio teve 118 casos confirmados da doença. Em janeiro de 2023, dois casos suspeitos foram notificados, mas nenhum deles foi confirmado.


Todos podem – e devem – fazer sua parte
Diariamente, uma equipe de 14 agentes de combate a endemias de Esteio visita residências, estabelecimentos comerciais e industriais e também passa em terrenos baldios para verificar potenciais focos onde o mosquito Aedes aegypti possa colocar ovos e, com isso, se proliferar.

Os servidores aproveitam para passar orientações em relação à limpeza adequada dos locais, de forma a prevenir o surgimento do inseto. Além disso, e muito mais importante, são as ações diárias que cada morador da cidade pode tomar para se evitar a proliferação do mosquito – não só o “da dengue”.

A reprodução do inseto costuma ser mais intensa durante o verão, mas não significa que não ocorra nos meses de frio. O mosquito não escolhe o bairro ou casa para se reproduzir. Ele precisa apenas de locais com água parada. A principal ação para prevenção das doenças é evitar o nascimento do inseto, já que ainda não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. A mais eficiente medida, então, é aquela velha e batida orientação repassada há muito tempo em qualquer campanha de conscientização: não deixar água parada – é simples!

Em 45 dias, um único mosquito Aedes aegypti pode contaminar até 300 pessoas. É bom lembrar que o ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. Se a área receber água novamente, o ovo ficará ativo e poderá atingir a fase adulta em poucos dias. Por isso, após eliminar a água parada, é importante lavar os recipientes com água e sabão.

No ano passado, os agentes esteienses fizeram 47.451 visitas. Foram encontradas 12.140 larvas de mosquitos. Destas, 8.781 eram de Aedes aegypti. Vasilhas com água representam 72% dos locais onde as larvas são encontradas.

 

Ações permanentes
Além de ações de educação permanente junto à população e do fomento de estratégias com profissionais da saúde, a SMS faz o combate ao mosquito através da aplicação de produtos químicos em locais com larvas e da pulverização de veneno em pontos específicos com o popular “fumacê”. O carro do setor de Zoonoses lança uma “nuvem” de fumaça com baixas doses de agrotóxico que elimina a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região.

O “fumacê” é aplicado em locais estratégicos e também quando há demandas de moradores registradas através da Ouvidoria, o que pode ser feito pelo DisqueEsteio (telefone 0800-541-0400 - de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h), por WhatsApp (98600-7011 - de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h) ou, ainda, pelo aplicativo eOuve (disponível pela internet em www.eouve.com.br ou para download gratuito nos sistemas Android e iOS nas lojas Google Play e App Store). As demandas também podem ser encaminhadas presencialmente na Central Integrada de Atendimento ao Cidadão (Rua Eng. Hener de Souza Nunes, 150 - subsolo, de segunda a sexta-feira, das 12h30min às 18h).


Dados mais rápidos
O LIRAa foi criado na necessidade de se contar com um levantamento capaz de gerar informações oportunas para aumentar a eficácia do combate ao Aedes aegypti no trabalho de rotina, como também, fornecer informações visando ao balizamento das atividades de mobilização social.

O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), lançado em julho de 2002 pelo Ministério da Saúde, previu a elaboração de uma metodologia capaz de fornecer dados em apenas uma semana, ao contrário do método tradicional de coletas, com levantamento que, normalmente, apresenta o resultado somente após o fechamento do ciclo bimestral de trabalho.

Na aplicação do LIRAa, é realizado sorteio de visitas em todo município e, no final, o software do PNCD fornece os índices que servirão para diagnosticar o grau de infestação no município e os bairros de maior vulnerabilidade. As informações são importantes para a elaboração de ações por parte da SMS para se evitar a propagação de doenças.



Esclarecendo dúvidas sobre o Aedes aegypti
Como é o mosquito da dengue?
O inseto é um pernilongo escuro com listras brancas e tem por hábito picar durante o dia.


Qual a propagação da contaminação?
Em 45 dias, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.


Quanto tempo as larvas do mosquito sobrevivem sem água?
O ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. Se a área receber água novamente, o ovo ficará ativo e poderá atingir a fase adulta em poucos dias. Por isso, após eliminar a água parada, é importante lavar os recipientes com água e sabão.


Como o inseto é infectado?
O Aedes aegypti somente se infecta com o vírus da dengue ao picar uma pessoa com a doença, então o mosquito passa a transmitir o vírus.


Quais os principais sintomas?
- 99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto.
- 60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos.
- 50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital)
- 50% têm prostação, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos.
- 25% têm manchas vermelhas no tórax e braços.
* Importante: A Dengue se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar sintomas respiratórios.


Há tratamento para a doença?
Não existe tratamento específico. Diante a mínima suspeita de dengue, não utilize medicamento a base de ácido acetil-salicílico. Beba bastante água e consulte um médico.


O que fazer se tiver com os sintomas?
Procure a unidade de saúde mais próximas de sua casa ou a emergência do Hospital São Camilo.


Existe vacina contra a dengue? Quantas vezes a pessoa pode ter a doença?
Não existe vacina. Existem quatro tipos de vírus (Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4), pode-se adoecer por cada um dos vírus circulantes que está no mosquito, então, quatro vezes. Cada tipo confere imunidade.


Que cuidados tomar
Para evitar a dengue, o ideal é não deixar água limpa parada. O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas. Não depositar entulhos em terrenos baldios. Coloque areia nos vasos de plantas. Use inseticidas, repelentes, telas nas janelas e mosqueteiros.


Dúvidas e denúncias
Para tirar dúvidas ou denunciar alguma situação irregular, ligue para a Ouvidoria da Vigilância Epidemiológica: 3033-1207


Histórico do IPP de Esteio
2017
Março: 0,7 (baixo)
Novembro: 0,5 (baixo)

2018
Março: 0,5 (baixo)
Junho: 0,4 (baixo)
Setembro: 0,3 (baixo)
Novembro: 1,6 (médio)

2019
Fevereiro: 1,4 (médio)
Maio: 5,7 (alto)
Agosto: 1 (médio)

2020
Janeiro: 0,1 (baixo)
Novembro: 0,9 (baixo)

2021
Abril: 1,5 (médio)
Junho: 9,1 (alto)
Setembro: 4,1 (alto)
Novembro: 4,5 (alto)

2022
Janeiro: 12,3 (alto)
Abril 12,7 (alto)
Julho 7,1 (alto)
Outubro 0,4 (baixo)

2023
Janeiro: 3,1 (médio)

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