Notícias
Educação
Estudantes de Esteio ganham medalha de ouro em Olimpíada Brasileira de Matemática
15/06/2023
Compartilhe esse conteúdo:
Compartilhe:
Os esteienses Mateus Ramires Hörlle, 16 anos, e Enzo Giordani Ambrosi Silva, 15, têm em comum a paixão pelo universo dos números, cálculos, equações, lógicas, problemas aritméticos... Esforçados, dedicam boa parte do seu dia para estudar. Ambos, quando ainda eram alunos da rede municipal de Educação Básica participaram da 16ª e 17ª edições da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), espécie de competição que reúne estudantes do 6º ano da Educação Básica ao 3º ano do Ensino Médio de todo o país. Os dois conquistaram a distinção máxima do concurso: a medalha de ouro.
No dia 5 de junho, os dois adolescentes foram a Florianópolis participar da solenidade de premiação, que juntou os vencedores de 2021 e 2022, que não puderam ser premiados antes por causa da pandemia de covid-19. A cerimônia, precedida de palestras e outras atividades com jovens de todo o país, e a hospedagem dos estudantes e responsáveis foi no Costão do Santinho, um dos mais famosos resorts da capital catarinense.
Na tarde desta quinta-feira (15), eles foram recebidos pelo prefeito Leonardo Pascoal em seu gabinete, ganharam certificados de reconhecimento da Administração Municipal e dois livros de presente para cada, entregues por Pascoal e pela titular da Secretaria Municipal de Educação, Cláudia Ruschel. “Para nossa cidade é motivo de orgulho ver alunos da rede municipal de educação, como vocês, premiados nesta competição. Quero dar os parabéns a vocês, aos professores, aos parentes e amigos que apoiaram vocês nesta caminhada e desejar muito sucesso e novas conquistas”, disse o prefeito.
Trajetórias
Hoje estudante do primeiro ano do curso de Desenvolvimento de Sistemas no Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IF-Sul), em Sapucaia do Sul, Enzo era aluno do nono ano da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Oswaldo Aranha quando participou da 17ª Obmep, no ano passado. Ele explicou que foram duas etapas: a primeira, realizada na própria escola, com questões objetivas (de múltipla escolha), e a segunda com os classificados na etapa anterior, que tiveram que responder a questões discursivas, onde, além de mostrar os cálculos utilizados, deveriam apresentar, também, o raciocínio lógico empregado na solução. Quando perguntado se sempre gostou de Matemática, ela pensou um pouco antes de responder. “Nem tanto antes. Agora muito mais. Com a pandemia que eu me interessei mais pelo tema”, disse o garoto, que já havia conquistado a medalha de bronze em 2019, quando cursava o sexto ano da mesma escola onde, aliás fez todo o seu Ensino Fundamental. Em maio deste ano, já na nova instituição, fez a primeira etapa das Olimpíadas e está aguardando para saber se passou para a segunda fase. O resultado está previsto para ser divulgado no dia 2 de agosto.
Um ano antes, foi Mateus que havia sentido o gostinho de ser um dos melhores na Obmep, também quando estava no nono ano, mas na Emeb Santo Inácio. Em 2019, no sétimo ano, ele já havia conquistado a medalha de prata e, em 2018, a de bronze. Atualmente, ele cursa o segundo ano de Eletrônica na Fundação Liberato, de Novo Hamburgo, e está em dúvidas sobre o que deseja fazer no Ensino Superior. “Estou pensando em seguir na Eletrônica ou cursar Matemática, Programação ou Física, enfim, cursos que exigem lógica e matemática”, afirmou.
Mateus contou que sempre gostou da matéria e se interessou mais ainda com as competições a partir do sexto ano. “Conquistar as medalhas e poder fazer o Programa de Iniciação Científica, o PIC, me incentivou demais. Eu recebi uma bolsa de R$ 300 e frequentei as aulas a cada 15 dias, em sábados, na Unisinos”, contou o estudante que, no ano passado, conquistou a medalha de bronze representando a Fundação Liberato e também está aguardando pelo resultado da primeira fase da Obmep de 2023. Este ano, já foi ganhou a medalha de ouro no Concurso Canguru de Matemática, competição anual internacional realizada pela Association Kangourou sans Frontières (AKSF) - em Português, Associação Canguru sem Fronteiras.
Mais de 17,6 milhões de inscritos
A Obmep é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras, realizado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), com o apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), e promovido com recursos dos ministérios da Educação (MEC) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Criada em 2005 para estimular o estudo da Matemática e identificar talentos na área, a OBMEP tem como objetivos principais, entre outros, estimular e promover o estudo da Matemática, contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade e identificar jovens talentos, incentivando seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas.
Destinado aos alunos premiados da Obmep, o Programa de Iniciação Científica, realizado por meio de uma rede nacional de professores em polos espalhados pelo país, tem como objetivo despertar nos alunos o gosto pela Matemática e pela Ciência em geral. Trata-se de um incentivo financeiro mensal concedido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) aos medalhistas que aderiram ao programa e acompanham todas as etapas do PIC ou do Programa Mentores.
A Obmep 2022 contou com mais de 17,6 milhões de alunos inscritos, representando 49.452 municípios brasileiros (99,78% de participação). Destes, 506 conquistaram a medalha de ouro, sendo 48 do Rio Grande do Sul. Na edição anterior, foram mais de 17,3 milhões de estudantes de 49,5 mil municípios do país (99,84% de participação). Foram distribuídas 513 medalhas douradas, sendo 50 para alunos gaúchos.
Editoriais
Educação
Compartilhe:
de
5