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Seminário de Saúde trata sobre serviços para população LGBTQIA+

10/07/2025

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Créditos: Leo Henrique

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) realizou, nesta quinta-feira (10), na Câmara de Vereadores de Esteio, a quinta edição do Seminário de Saúde LGBTQIA+. A ação discutiu a resolução nº 2.427/2025 feita pelo Conselho Federal de Medicina (CMF) e como afeta o serviço prestado pelo Ambulatório de Atenção à Saúde LGBTQIA+ esteiense e também tratou sobre os três anos de existência do serviço, inaugurado em 28 de junho de 2022, no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

Em sua fala, o vice-prefeito Rafael Figliero ressaltou a importância do evento, apontando que as ideias discutidas devem ser colocadas em prática. “Contem com o poder público e com a Secretaria da Saúde, que já é parceira em todas as ações”, disse. “Desejo a vocês um excelente seminário e que as discussões possam sair do papel virando boas propostas”, finalizou.

O titular da pasta da SMS, Gilson Menezes, lembrou que uma das suas primeiras ações como secretário foi a inauguração do Ambulatório, que fica junto à Unidade Básica de Saúde (UBS) Nickolas Gomes, no Centro. “A gente levou a ideia ao prefeito da época, mesmo com críticas. Porque a nós, como técnicos, cabe a defesa desse espaço protegido”, ressaltou.“É muito complicado quando o outro julga o diferente sem lugar de fala. Eu, enquanto enfermeiro, trago essa pauta”, disse.

A primeira palestra foi conduzida pela enfermeira Evelise Rodrigues, que atua como coordenadora na SMS, que apresentou dados e ações dos três anos de existência do Ambulatório. “Em 2021, a pauta do nosso seminário foi trazer a equipe de Porto Alegre para falar sobre o trabalho no Ambulatório T da Atenção Primária à Saúde e como foram as experiências”, disse. “A partir daí nós passamos a estudar como trazer isso para o Município de Esteio”, recordou.

A enfermeira comentou sobre a estrutura do Ambulatório, como funcionam os atendimentos, entre outros tópicos. Durante os três anos de atendimento, as demandas principais foram hormonioterapia e saúde mental. Atualmente, são 80 usuários vinculados ao serviço, sendo 41 transsexuais e seis não-binários. A faixa etária predominante dos pacientes é entre 15 e 20 anos.

Depois, a médica servidora no Ambulatório T de Porto Alegre, Bianca Silveira e a doutoranda em educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC/RS) Rebeca Rodrigues discutiram sobre a resolução nº 2.427/2025 do Conselho Federal de Medicina (CMF) e suas complicações para a comunidade.

No final do Seminário, representantes dos ambulatórios LGBTQIA+ de Esteio, Canoas e Porto Alegre discutiram os impactos da resolução nos atendimentos dos serviços municipais.


O Ambulatório de Esteio
O Ambulatório de Atenção à Saúde LGBTQIA+ de Esteio utiliza a estrutura da Unidade Básica de Saúde (UBS) Nickollas Gomes - Centro (Rua Fernando Ferrari, 948), com funcionamento quinzenal, às quintas-feiras, das 17h às 20h, após o término do expediente na unidade. O atendimento é feito por demanda espontânea, por ordem de chegada, sem necessidade de agendamento ou encaminhamento por outras unidades de saúde do Município.

O Ambulatório é uma porta de entrada, com acolhimento, orientações sobre direitos sociais, humanização da atenção, respeito às diferenças e à dignidade humana, tanto para pessoas LGBTQIA+ quanto para seus conjuntos familiares.

O local é um espaço de acolhimento prioritário. Além do escopo de serviços oferecidos por todas UBSs do município, como consultas médicas e de enfermagem, solicitação de exames e avaliação clínica, oferta de atendimento multidisciplinar com médico, enfermeiro, técnico em enfermagem, psicólogo e assistente social, além do processo de prescrição de hormonização para pessoas trans que desejem fazer modificações corporais através de métodos medicamentosos. Pessoas que não se identificam com questões de gênero e sexualidade a partir desta sigla não são elegíveis para este atendimento, devendo acessar os serviços tradicionais.
 

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