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Capacitação sobre atendimentos a crianças migrantes e refugiadas reúne 10 municípios em Esteio

22/09/2025

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Créditos: Leo Henrique

Na última sexta-feira (19), servidores que atuam na área da assistência social de Esteio e de outros nove municípios gaúchos participaram da capacitação em Primeira Infância Refugiada e Migrante. A ação, realizada no Salão Nobre da Prefeitura, teve como objetivo fortalecer capacidades locais para o melhor acolhimento e integração das famílias e crianças migrantes, refugiadas e apátridas.

Na abertura, o vice-prefeito Rafael Figliero fez uso da fala e lembrou do título recebido por Esteio como Capital Nacional da Solidariedade. “Nosso Município foi reconhecido pelas políticas públicas voltadas para os refugiados e imigrantes. E é muito bonita a integração que nós vemos nas escolas e na sociedade”, disse. “Mas não foi tarefa fácil. Fomos muito criticados nas redes sociais. As pessoas esquecem que todos nós, brasileiros, viemos de imigrantes”, ressaltou.

Para o titular da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes), Beto Fantinel, é necessário dar suporte aos refugiados e migrantes tanto na primeira infância quanto nas demais fases. “Cada etapa da vida tem um tipo de estímulo e nós precisamos transformar essa informação acessível a todos, inclusive aos migrantes que fazem parte da nossa sociedade e são importantes para o desenvolvimento do nosso território”, disse. “O tema da primeira infância é essencial, porque devemos dar a oportunidade de que essas crianças se desenvolvam da forma adequada e tenham acesso a uma boa educação”, comentou.


Tópicos debatidos
A primeira palestra foi conduzida pela gerente especial Débora Davies, que abordou tópicos relativos aos estímulos que as crianças devem receber em cada fase. “Da gestação até os seis anos de idade, dependendo das experiências e vivências que a criança tem, ela se desenvolverá de uma determinada forma”, disse. “Se tiver estímulos positivos, terá um desenvolvimento positivo”, concluiu.

Débora reforçou que o desenvolvimento é prejudicado se nessa fase a criança migrante não tenha boa alimentação, bom convívio e bons vínculos. “É muito importante brincar com essa criança. É na troca com os adultos que essa criança se desenvolve”, ressaltou. “Oitenta por cento do nosso cérebro é formado até os três anos de idade; até os seis anos, 90% dele se desenvolve”, explicou.

A gerente especial apresentou dados que demonstram que nos últimos 10 anos cerca de 568 mil venezuelanos entraram no Brasil. E desse número, estima-se que cerca de 50% são crianças e adolescentes. “Por isso nós precisamos olhar com cuidado para a primeira infância refugiada e migrante”, disse.

A coordenadora de atenção a migrantes e refugiados do Sistema Único de Assistência Social (Suas), Niusarete Lima, que representou o Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), abordou políticas de cuidado para crianças em contextos de migração e vulnerabilidade. E também trouxe exemplos concretos utilizados na Operação Acolhida, iniciada em 2018 em decorrência do fluxo migratório de pessoas oriundas da crise na Venezuela, através da fronteira de Roraima.

Além de Esteio, participaram da capacitação servidores de Canoas, Imbé, Pelotas, Nova Santa Rita, Trindade do Sul, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Porto Alegre e Novo Hamburgo.

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