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Cidadania e Direitos Humanos
Ciaca promove festa para crianças e trabalha com o tema da inclusão
25/10/2024
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Créditos: Adriano Rosa da Rocha
Crianças atendidas pelo Centro Integrado de Atenção à Criança e ao Adolescente de Esteio (Ciaca) tiveram uma tarde animada nesta sexta-feira (25). Com direito a entrega de presentes pelo Homem-Aranha em pessoa, elas participaram de uma festa em alusão ao Dia da Criança, comemorado em 12 de outubro. A titular da Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos e Humanos (SMCDH), Cristiane Franco, que comanda a pasta ao qual o equipamento público é vinculado, participou da atividade.
Tendo como tema a inclusão, o auditório do Ciaca foi decorado com os personagens da Turma da Mônica, do cartunista Maurício de Souza. Mônica, Cebolinha, Cascão, Magali e Milena estavam junto com os integrantes com algum tipo deficiência. Tati. Luca, Dorinha, André, Humberto, Hamyr, Edu e Sueli foram criados ao longo dos anos para divulgar a importância da representatividade e de um olhar especial para PCDs e, ao mesmo tempo, mostrar que elas podem e devem participar de todas as atividades junto às outras crianças.
Além dos presentes entregues pelo super-herói mascarado e amigo da vizinhança, os pequenos se divertiram em um escorregador inflável, jogaram partidas de hockey de mesa, receberam pinturinhas de rosto e aproveitaram cachorros-quentes, pizzas, pipoca, cup cakes e docinhos.
O Ciaca
O Ciaca, que funciona na Avenida Presidente Vargas, 1607, no Centro, presta assistência a menores de idade vítimas que tiveram direitos violados, como trabalho infantil, violência doméstica, abuso ou exploração sexual, entre outros.
A estrutura do Centro tem dois andares. No primeiro, ficam as salas de atendimento, da coordenação, das equipes técnicas e do serviço especializado, além de ambientes para escutas protegidas, oportunizando mais privacidade para quem estiver em atendimento, e para o cartório policial que será instalado posteriormente. No pavimento superior, ficam um auditório e uma cozinha.
O local funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, em um modelo integrado, contando com cartório com representação da Delegacia de Polícia para oitiva de vítimas, testemunhas e suspeitos (futuramente, também serão feitos no local o registro de ocorrências), equipe multidisciplinar com assistente social e psicóloga, e equipe do Conselho Tutelar.
Saiba mais sobre os personagens PCDs da Turma da Mônica
Humberto
Foi o primeiro personagem com deficiência a ser criado, em 1960. Não se comunica oralmente, mas emitindo sons de “hum”, gestos e expressões faciais, tendo aprendido, com o tempo, Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Humberto é surdo, não deficiência auditivo, como pensam. A diferença entre os termos é dada pelo grau de comprometimento da capacidade auditiva; enquanto os surdos possuem dificuldade em ouvir, as pessoas com deficiência auditiva simplesmente não ouvem. Sua inspiração vem de amigos de infância de Maurício, assim como a maioria dos personagens criados nesta época.
Dorinha
A personagem representa uma pessoa com deficiência visual, foi inspirada em Dorina Nowill, importante educadora e ativista da causa dos cegos. É uma fashionista que vive acompanhada por seu cão-guia, Radar, um labrador. Em suas aparições, surpreende a turma ao identificar cada um de seus amigos por meio de cheiros e sons. Sua primeira aparição foi em 2004. A coleção “Dorinha pelo Brasil – Inclusão Sem Barreiras”, lançada em 2022, é uma série de gibis adaptados para o braille e acompanhados por arquivos de áudio com audiodescrição lançada em parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Luca
Possui inspiração em Herbert Vianna, músico da banda brasileira Os Paralamas do Sucesso, e por isto um de seus apelidos, junto a “Da Roda”, é “Paralaminha”. Representa uma criança com deficiência e foi criado em 2006. Desde então, suas aparições são marcadas pelo interesse amoroso oriundo de Mônica e o estabelecimento do fato de que limitações físicas podem não privar cadeirantes de exercitar suas paixões, sendo a dele, esportes.
Tati
Representa uma criança com Down. Tati faz parte da turma, também, desde 2006, quando foi introduzida em uma edição especial que buscava levantar justamente a questão da inclusão, chamada “Turma da Mônica – Acessibilidade”. A personagem é inspirada em Tathi Heiderich, popular atriz, escritora e ativista da inclusão de pessoas com Down na sociedade. A Síndrome de Down é uma condição genética que resulta no comprometimento cognitivo e características físicas específicas.
André
Foi criado em 2003 sob convite da Universidade de Harvard para contribuir com a disseminação de informações sobre o transtorno do espectro autista, TEA. A edição leva o título de “Turma da Mônica – Um Amiguinho Diferente”, e busca estabelecer ao senso comum o fato de que o autismo é uma consequência do comprometimento do neurodesenvolvimento do indivíduo, o que o leva a apresentar comportamentos considerados incomuns e inesperados, uma vez que esta é uma das condições mais malcompreendidas.
Hamyr
È uma criança com mobilidade reduzida e, por isto, se locomove sob o auxílio de muletas. Sua primeira e única aparição foi em “Hamyr, um Garoto Muito Especial”, de 1989, em que o garoto mostra ser, sim, capaz de jogar futebol com os garotos do Bairro do Limoeiro.
Edu
Ciado em 2019 para uma campanha de conscientização da Distrofia Muscular de Duchenne, DMD, doença genética extremamente rara que acomete um a cada 3.500 garotos, segundo a farmacêutica Pfizer, comprometendo músculos ao longo de todo o corpo. Ainda, a mais recente, Sueli, criança com deficiência auditiva, criada especialmente para a 24ª Surdolimpíadas de Verão do Rio Grande do Sul para evidenciar a importância da popularização da Libras em eventos de grande porte.
Sueli
Criança com deficiência auditiva, criada especialmente para a 24ª Surdolimpíadas de Verão, realizada no Rio Grande do Sul em 2022, para evidenciar a importância da popularização da Libras em eventos de grande porte.
Fonte: https://www.clickinclusao.com/mauricio-de-sousa-em-os-personagens-com-deficiencia-da-turma-da-monica
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