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Secretaria Municipal de Saúde
Prefeitura informa que não foram encontrados escorpiões em escola
25/04/2025
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Em relação ao aumento da incidência de escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) na Rua Parobé, no Bairro Centro, as secretarias municipais da Saúde (SMS) e da Educação (SME) informam que nenhum animal foi encontrado na Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Tomé de Souza, instituição de ensino localizada naquela via. Tem circulado informações em redes sociais que não condizem com a verdade e que causam pânico desnecessário, sobretudo entre os pais dos estudantes.
A Vigilância em Saúde (VS), órgão vinculado à SMS que está trabalhando na busca de uma solução para o problema, está realizando ações noturnas, até três vezes por semana, de captura de escorpiões, método preconizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) como adequado para esse tipo de situação. A VS lembra que a colocação de veneno diretamente no local infestado não é recomendada, uma vez que isso pode fazer com que o escorpião se espalhe. O órgão informa, ainda, que está fazendo a aplicação de inseticidas contra baratas em áreas próximas, mas sem incidência de escorpião, para evitar a proliferação do principal alimento do animal. O órgão comunica que encaminhou ofício à Cevs solicitando mais orientações e ajuda e que recebeu como retorno que as ações adotadas por Esteio estão corretas.
A VS não recomenda que os moradores façam a captura dos escorpiões, procedimento que deve ser realizado apenas por profissionais habilitados da Vigilância Ambiental, a fim de evitar acidentes. O esmagamento e outras ações que tenham o intuito de matá-lo não devem ser utilizadas, uma vez que podem fazer com que os filhotes que ficam sobre o dorso do animal se espalhem.
No caso de visualização de escorpião, a recomendação é evitar o contato e informar a localização dele através do telefone (51) 2700-4364 ramais 2343 e 2309. Se possível, o morador também pode fotografá-lo e comunicar ao órgão pelos e-mails vigilancia.saude@esteio.rs.gov.br ou ambiental.saude@esteio.rs.gov.br.
Em casos de acidentes, a vítima deve ser encaminhada imediatamente para o Hospital São Camilo de Esteio (Av Castro Alves, 948 - Tamandaré). Nestes casos, o paciente tem classificação de risco vermelha, que é a prioridade máxima de atendimento. Se necessário, os profissionais de saúde vão aplicar soro antiescorpiônico via intravenosa (na veia).
Cuidados
O escorpião-amarelo vive em locais escuros e frescos, frestas de paredes, pedaços de madeira, restos de materiais de construção, tijolos e caliça empilhados, entulhos, esgotos, ralos, caixas de gordura, encanamentos de luz e telefone, caixas com verduras, legumes e frutas, roupas, calçados, cama, travesseiros e cortinas, entre outros.
Para evitar a proliferação destes animais, é necessário que se reduzam os possíveis locais onde eles podem viver. A recomendação da VS é manter terrenos limpos, colocar lixos em sacos plásticos, evitar acúmulo de folhas secas e outras ações de limpeza.
Tendo como fonte principal de alimentação as baratas, a reprodução ocorre, em média, duas vezes por ano, dando origem a 20 filhotes por vez, chegando a 160 filhotes durante a vida. Os filhotes sobem no dorso do animal e ali permanecem. O período entre o nascimento e a dispersão dos filhotes é de aproximadamente 14 dias.
Esta espécie reproduz-se por partenogênese, ou seja, só existem fêmeas e todo indivíduo adulto tem filhotes sem a necessidade de acasalamento. Este fenômeno, aliado a facilidade de adaptação a qualquer ambiente favorece sua dispersão. Uma vez transportado de um local a outro (introdução passiva), o animal instala-se e se prolifera com muita rapidez. Além disso, a introdução do escorpião amarelo em um ambiente pode levar ao desaparecimento de outras espécies de escorpiões devido à competição.
Veio de fora
Desde 2001, escorpiões amarelos têm sido visualizados em Porto Alegre, e acidentes causados por sua picada, registrados na rede de saúde. Tudo indica que o animal chegou à Capital em caminhões de hortifrutigranjeiros vindos do Sudeste, especialmente de Minas Gerais, que se dirigiam à Ceasa. Desde então, a população desse artrópode – que há 420 milhões de anos está na Terra – cresce na Capital, espelhando-se também por municípios vizinhos. Pelo menos seis regiões de Porto Alegre têm infestação do animal.
Como evitar acidentes
- Verifique calçados, vestuário, toalhas e roupas de cama antes de utilizá-los
- Não deixe roupas no chão
- Mantenha os ambientes das residências limpos, sem entulho e lixo, inclusive os terrenos baldios
- Mantenha resíduos (lixo) bem acondicionados em recipientes bem fechados
- Evite queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões
- Remova folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros
- Mantenha limpos caixas de gordura, ralos de banheiro e de cozinha
-Tape frestas nas paredes, móveis e rodapés de maneira para que não possam servir de abrigo aos escorpiões
- Mantenha camas e berços afastados das paredes
- Evite encostar lençóis no chão
- Use telas em aberturas de ralos, pias e tanques
- Mantenha fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões
- Controle infestações de baratas, eliminando assim a principal fonte de alimento
- Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha
- Vede as frestas de janelas e coloque telas
- Reboque paredes e muros, eliminando as frestas
- Mantenha todos os pontos de luz e telefone bem fechados
- Usar luvas grossas, de raspa de couro ou similar durante a manipulação de caixas com frutas e verduras, materiais de construção, transporte de lenha, madeira, e pedras em geral
- Não utilizar inseticidas no escorpião, o animal tem a tendência a ficar agitado e com isso se espalha mais rapidamente no ambiente
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