Saúde
Esteio intensifica ações de combate à dengue
08/02/2024
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Créditos: Leo Henrique
Assim como fazem diariamente, os agentes de combate às endemias da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) Grasiela Santos Vieira de Andrades e Lucas de Lima Gonçalves saíram para as ruas de Esteio nesta quinta-feira (8) com uma importante missão: encontrar possíveis focos com larvas do mosquito Aedes egipity, inseto transmissor da zica, chikungunya dengue, doença que está se tornando uma endemia no Rio Grande do Sul.
Durante a manhã, a dupla fez inspeções em 24 residências do Bairro Parque Amador, onde um morador teve caso confirmado de dengue, contraída durante uma viagem a Minas Gerais. O trabalho, chamado de Pesquisa Vetorial Especial (PVE), trata-se de uma inspeção no quarteirão onde mora alguém com a doença. Embora o mosquito transmissor, que sempre é a fêmea, percorra uma área com raio de até 150 metros, os profissionais estão visitando locais que ficam até 300 metros de onde mora o paciente infectado ou de onde sejam encontradas larvas. Apenas em uma casa foram encontradas larvas do Aedes egipity. Os agentes levantaram dados e descartaram as larvas da forma apropriada, orientando o residente sobre os cuidados necessários.
Em 2023, os agentes de combate às endemias realizaram 41,7 mil visitas a residências e estabelecimentos comerciais e industriais de Esteio buscando focos de proliferação do mosquito da dengue e orientando moradores sobre os cuidados necessários para se evitar a doença. Ao todo, foram feitas 1.165 análises entomológicas, que constatam se as larvas são ou não do Aedes egipity. Destas, 625 deram resultado positivo – o que significa negativo para toda a sociedade.
No ano passado, 259 moradores de Esteio procuraram os serviços de saúde com sintomas da doença e realizaram exames, sendo que 77 foram confirmados. Em 2024, já foram 20 notificações de casos suspeitos, com apenas um positivo. Até a última quarta-feira (7), os 10 agentes que atuam neste serviço já realizaram 3.876 visitas, mais que a média mensal do ano passado.
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 2.314 casos confirmados da doença, dos quais 2.101 são autóctones (o contágio aconteceu dentro do Estado). Os demais são importados (residentes do Rio Grande do Sul que foram infectados em viagem a outro local). Uma pessoa morreu. No ano passado, foram 34 mil casos autóctones com 54 óbitos.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, já são mais de 392 mil casos prováveis da doença este ano, com 54 mortes confirmadas até a última quarta-feira (7).
O Ministério da Saúde confirmou, nesta 4ª feira (7.fev.2024), que 54 pessoas morreram por dengue no Brasil em 2024. Na última atualização, da 3ª feira (6.fev), tinham sido notificadas 40. O número de casos prováveis da doença no país é de 392.724
Faça sua parte
Para que as ações dos agentes de combate às endemias tenham mais eficiência, a comunidade deve colaborar, permitindo o acesso das equipes às residências e estabelecimentos comerciais e industriais. Antes, para se evitar golpes e outros delitos, é importante verificar a identificação do funcionário, que estará sempre usando uniforme e crachá da SMS, por exemplo.
O mais importante é a conscientização da população, que deve evitar deixar água parada e tomar outros cuidados no sentido de se evitar a proliferação de mosquito, seja ou não ele transmissor da dengue (veja mais dicas abaixo).
Em caso de sintomas, como febre, dor de cabeça, nas articulações, músculos e atrás dos olhos, é necessário buscar atendimento na rede de saúde pública ou privada, se tiver convênio. “Muito importante dizer que se a pessoa estiver contaminada ela deve ficar em casa isolada e usar repelente. Se a ‘mosquita’ picar uma pessoa com dengue, ela pode contaminar outras cinco pessoas”, aconselha Grassiela. “Geralmente, elas costumam picar no início da manhã e no final da tarde. A picada não dói e não deixa marca, então, muitas vezes, nem percebemos”, comenta a agente.
Solicite serviços
Além de ações de educação permanente junto à população, da identificação de focos e do fomento de estratégias com profissionais da saúde, a SMS faz o combate ao mosquito através da aplicação de produtos químicos em locais com larvas e da pulverização de veneno em pontos específicos com o popular “fumacê”. O carro do setor de Zoonoses lança uma “nuvem” de fumaça com baixas doses de agrotóxico que elimina a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região.
O “fumacê” é aplicado em locais estratégicos e também quando há demandas de moradores, que podem ser registradas através da Ouvidoria da Prefeitura. A solicitação pode ser feita pelo DisqueEsteio, pelo telefone 0800-541-0400 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h), por WhatsApp, pelo número 98600-7011 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h) ou, ainda, pelo aplicativo eOuve (disponível pela internet em www.eouve.com.br ou para download gratuito nos sistemas Android e iOS nas lojas Google Play e App Store). As solicitações também podem ser encaminhadas presencialmente na Central Integrada de Atendimento ao Cidadão (Rua Eng. Hener de Souza Nunes, 150 - subsolo, de segunda a sexta-feira, das 12h30min às 18h), durante o Gabinete Aberto, realizado todas as segundas-feiras a partir das 14h e nas edições do Prefeitura na Rua.
Esclarecendo dúvidas sobre o Aedes aegypti
Como é o mosquito da dengue?
O inseto é um pernilongo escuro com listras brancas e tem por hábito picar durante o dia.
Qual a propagação da contaminação?
Em 45 dias, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
Quanto tempo as larvas do mosquito sobrevivem sem água?
O ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. Se a área receber água novamente, o ovo ficará ativo e poderá atingir a fase adulta em poucos dias. Por isso, após eliminar a água parada, é importante lavar os recipientes com água e sabão.
Como o inseto é infectado?
O Aedes aegypti somente se infecta com o vírus da dengue ao picar uma pessoa com a doença, então o mosquito passa a transmitir o vírus.
Quais os principais sintomas?
- 99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto.
- 60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos.
- 50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital)
- 50% têm prostação, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos.
- 25% têm manchas vermelhas no tórax e braços.
* Importante: A Dengue se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar sintomas respiratórios.
Há tratamento para a doença?
Não existe tratamento específico. Diante a mínima suspeita de dengue, não utilize medicamento a base de ácido acetil-salicílico. Beba bastante água e consulte um médico.
O que fazer se tiver com os sintomas?
Procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa, a emergência do Hospital São Camilo ou a rede particular, se tiver convênio;
Existe vacina contra a dengue? Quantas vezes a pessoa pode ter a doença?
Não existe vacina. Existem quatro tipos de vírus (Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4), pode-se adoecer por cada um dos vírus circulantes que está no mosquito, então, quatro vezes. Cada tipo confere imunidade.
Que cuidados tomar
Para evitar a dengue, o ideal é não deixar água limpa parada. O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas. Não depositar entulhos em terrenos baldios. Coloque areia nos vasos de plantas. Use inseticidas, repelentes, telas nas janelas e mosqueteiros.
Dúvidas e denúncias
Para tirar dúvidas ou denunciar alguma situação irregular, ligue para a Ouvidoria da Vigilância Epidemiológica: 2700-2315
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