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Roda de conversa marca o encerramento do Outubro Rosa

31/10/2024

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Créditos: Laura Wille

Para finalizar a programação do Outubro Rosa em Esteio, a Academia de Saúde Novo Esteio promoveu, na tarde desta quinta-feira (31), uma roda de conversa. O evento foi conduzido pela médica Roberta Faggiano, que discutiu sintomas e práticas de prevenção do câncer de mama. 

Durante todo o mês, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e a Secretaria Municipal de Cidadania e Direitos Humanos (SMCDH) promoveram diversas atividades voltadas à conscientização e ao combate da doença, incluindo palestras, caminhadas, chás de confraternização e rodas de conversa. A programação reforçou a importância do diagnóstico precoce e dos cuidados preventivos contra um tipo de câncer que ainda afeta milhares de mulheres anualmente no Brasil.

Roberta ressaltou a importância de iniciar a prevenção e os exames desde cedo. “Muitas mulheres jovens, com menos de 50 anos, acabam falecendo por não se prevenirem, acreditando que o câncer de mama afeta apenas mulheres mais velhas. Mas é importante ficar em alerta: no Rio Grande do Sul, muitos casos são relatados em mulheres muito jovens”, pontuou.

A médica também relembrou o valor do autoexame, explicando que algumas mudanças nas mamas são normais nas diferentes fases da vida. “ O ingurgitamento mamário (aumento de volume e sensibilidade durante o período menstrual), o crescimento e produção de colostro na gestação e a involução das mamães na menopausa, quando o tecido mamário é substituído por tecido adiposo, são sintomas normais desenvolvidos no corpo da mulher. No entanto, certos sinais precisam de consulta imediata, como nódulos palpáveis, circularmente com presença de sangue, descamação ou erosão no mamilo e na aréola”, reforçou. 

A doutora destacou que o histórico familiar é um fator importante para a prevenção. Cerca de 10% da população com histórico familiar são consideradas de alto risco para o câncer de mama, e, dessas pessoas, 30% desenvolvem a doença. “O risco aumenta quando há mais de dois casos de câncer de mama ou ovário no mesmo ramo familiar (paterno ou materno), com diagnóstico antes dos 50 anos”, explicou. Outros fatores de risco incluem menarca precoce (primeira menstruação antes dos 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), gravidez primeira após os 30 anos, uso de anticoncepcionais orais e uma dieta rica em gordura.

Sobre a mamografia, Roberta reforçou que é o principal método para rastreamento do câncer de mama. “Para mulheres com menos de 35 anos, a mamografia é difícil de interpretação; nesse caso, recomenda-se uma ecografia em caso de histórico familiar ou sintomas. Para mulheres acima dos 40 anos, indicamos o exame regularmente, conforme recomendações da nossa instituição e da Sociedade Brasileira de Mastologia. O Ministério da Saúde recomenda a realização a cada dois anos entre os 50 e 69 anos”, concluiu.

A adoção de hábitos saudáveis é uma ferramenta poderosa na prevenção do câncer, especialmente do câncer de mama. Embora fatores genéticos tenham um papel importante, estudos indicam que mudanças no estilo de vida podem reduzir significativamente o risco. Entre as práticas recomendadas estão manter um peso saudável, praticar atividade física regular, adotar uma alimentação balanceada, evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de realizar exames de rotina e o autoexame.

Todas têm direito
Mulheres acima de 50 anos e a partir de 35 com casos de câncer de mama familiar podem ser encaminhadas para o exame gratuito. Para isso, é necessário passar por uma consulta com um médico ou enfermeiro na unidade básica de saúde (UBS) de referência (a mais perto da casa). O profissional de saúde, então, poderá solicitar o exame de forma automática, através do sistema da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).
Com os resultados em mãos, a paciente deve voltar à UBS para diagnóstico. Caso seja comprovada a existência de um tumor, a mulher é encaminhada para atendimento com oncologistas da Secretaria Estadual da Saúde.

Em todo o mundo
O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure.
Segundo Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão auxiliar do Ministério da Saúde, a campanha do de 2024 tem como objetivo motivar e instrumentalizar a população e os profissionais da saúde para as ações de controle e o cuidado integral relativo ao câncer de mama e do colo do útero, com foco na prevenção e na detecção precoce. 

Números preocupantes
Câncer de mama*
- Mais de 73 mil novos casos por ano
- Alimentação saudável e atividade física podem reduzir o seu risco de ter a doença
- O autoexame das mamas deve ser realizado frequentemente
- A mamografia de rotina é recomendada para mulheres de 50 a 69 anos

Câncer do colo do útero*
- Mais de 17 mil novos casos por ano
- A prevenção é feita pela vacina HPV
- Meninas e meninos de nove a 14 anos devem se vacinar contra o HPV
- O exame preventivo é recomendado para mulheres de 25 anos a 64 anos, a cada três anos
Fonte: Ministério da Saúde
 

 

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