Um passo importante para o Município conhecer o perfil do idoso esteiense e planejar a implementação de políticas públicas foi dado em Esteio.

Na manhã desta quarta-feira (19), autoridades municipais, servidores das secretarias municipais da Saúde (SMS), Educação (SME), Cidadania e Direitos Humanos (SMCDH) e pessoas atendidas pela rede socioassistencial esteiense assistiram à apresentação do Diagnóstico da Pessoa Idosa Residente em Esteio.

O diagnóstico foi possível através de uma parceria entre a SMCDH e o Conselho Municipal da Pessoa Idosa (CMPI), que contratou, através do Fundo Municipal do Idoso (FMI), a Central Única das Favelas (Cufa) para levantamento dos dados, obtidos através de entrevistas a domicílio e lugares públicos, e formação do documento estratégico. A realização da pesquisa era uma das exigências do Programa Parceiro do Idoso, financiado pelo Banco Santander, para renovar a parceria com Esteio. Os recursos para o trabalho foram liberados pela instituição bancária que tem sede na Espanha.

A ação, realizada no auditório do Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), no Bairro São Sebastião, teve como objetivo apresentar a realidade dos idosos do Município e, a partir disso, traçar políticas públicas de melhorias.

No início do evento, o vice-prefeito Rafael Figliero fez uso da fala e destacou a importância do trabalho realizado. “É importante termos esses dados para que possamos traçar novos caminhos e abordagens para as políticas voltadas ao idoso”, disse. “Isso é fundamental para sabermos onde estamos acertando e onde precisamos dar mais atenção”, concluiu.

A apresentação do Diagnóstico foi conduzida pelo coordenador da Cufa Esteio, Eduardo Cardoso, e pelo analista de dados Pablo Dalavera.

Também fizeram uso da fala o presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Luz, a titular da SMCDH, Katiane Marques, a supervisora do Centro do Idoso Neuza Brum, Lilian Chitolina, e a presidente do CMPI, Janete Batista da Rosa.

O evento contou, ainda, com uma apresentação do grupo de dança do Centro do Idoso.

Alguns dados
Cerca de 300 idosos de todos os bairros esteienses foram entrevistados, entre eles, também, os que são atendidos pela rede socioassistencial do Município, o que, de acordo com os organizadores, é um número estatisticamente relevante para análise das vulnerabilidades estruturais de Esteio.

Alguns dos dados apresentados mostram que 57% dos idosos são dependentes de ajuda financeira da família e 32%, de benefícios sociais. O Diagnóstico também mostrou que 87% dos entrevistados não possuem adaptações em casa, o que aumenta o risco de acidentes.

Também foram apresentados o nível de escolaridade, que trouxe dados preocupantes. Apenas 1% dos homens abordados têm Ensino Superior Completo, enquanto, entre as mulheres, o percentual ficou em zero. A mostra apontou que 44% dos homens e 53% das mulheres possuem apenas Ensino Fundamental incompleto.