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Pesquisa aponta risco médio de proliferação do "mosquito da dengue"
31/01/2023
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Entre os dias 16 e 20 de janeiro, agentes de combate a endemias de Esteio visitaram 1.375 residências e estabelecimentos comerciais e industriais de Esteio para fazer coletas da primeira pesquisa de 2023 do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). O levantamento tem como objetivo estimar os níveis de proliferação do inseto transmissor de dengue, febre chikungunya e zika no município, fornecendo informações importantes à Secretaria Municipal da Saúde (SMS) para combater o mosquito.
O estudo gerou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 3,1, considerado como médio risco de infestação pelo Ministério da Saúde (a grosso modo, quer dizer que 3,1% dos imóveis esteienses têm a presença do vetor).
Comparando com janeiro de 2022, houve uma queda de 9.2 pontos percentuais. No mesmo mês do ano interior, o IPP de Esteio estava em 12,3, considerado alto pelo MS.
A queda, entretanto, não significa que se pode relaxar com os cuidados ou que os esteienses não correm risco de contrair dengue e as demais doenças. Os números, inclusive, estão bem acima do que a cidade já atingiu num passado próximo. Com intensificação de ações simples por parte dos moradores, Esteio já chegou a ter um IPP de apenas 0,1, registrado, justamente, num mesmo mês de janeiro, só que no ano de 2020. O maior valor foi apontado em abril do ano passado: 12,7.
De acordo com a SMS, no ano passado, Esteio teve 118 casos confirmados da doença. Em janeiro de 2023, dois casos suspeitos foram notificados, mas nenhum deles foi confirmado.
Todos podem – e devem – fazer sua parte
Diariamente, uma equipe de 14 agentes de combate à endemias de Esteio visita residências, estabelecimentos comerciais e industriais e também passa em terrenos baldios para verificar potenciais focos onde o mosquito que transmite dengue, zika e chikungunya possa colocar ovos e, com isso, se proliferar.
Os servidores aproveitam para passar orientações em relação à limpeza adequada dos locais, de forma a prevenir o surgimento do Aedes. Para que a ação tenha mais eficiência, a comunidade deve colaborar, permitindo o acesso das equipes da Prefeitura, tendo o cuidado de verificar a identificação do funcionário, como uniforme e crachá, por exemplo.
Além disso, e muito mais importante, são as ações diárias que cada morador da cidade pode tomar para se evitar a proliferação do mosquito – não só o "da dengue".
A reprodução do inseto costuma ser mais intensa durante o verão. O mosquito não escolhe o bairro ou casa para se reproduzir. Ele precisa apenas de locais com água parada. A principal ação para prevenção das doenças é evitar o nascimento do inseto, já que ainda não existem vacinas ou medicamentos que combatam a contaminação. A mais eficiente medida, então, é aquela velha e batida orientação repassada há muito tempo em qualquer campanha de conscientização: não deixar água parada – é simples!
Em 45 dias, um único mosquito Aedes aegypti pode contaminar até 300 pessoas. É bom lembrar que o ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. Se a área receber água novamente, o ovo ficará ativo e poderá atingir a fase adulta em poucos dias. Por isso, após eliminar a água parada, é importante lavar os recipientes com água e sabão.
No ano passado, os agentes esteienses fizeram 47.451 visitas. Foram encontradas 12.140 larvas de mosquitos. Destas, 8.781 eram de Aedes aegypti. Vasilhas com água representam 72% dos locais onde as larvas são encontradas.
Ações permanentes
Além de ações de educação permanente junto à população e do fomento de estratégias com profissionais da saúde, a SMS faz o combate ao mosquito através da aplicação de produtos químicos em locais com larvas e da pulverização de veneno em pontos específicos com o popular “fumacê”. O carro do setor de Zoonoses lança uma “nuvem” de fumaça com baixas doses de agrotóxico que elimina a maior parte dos mosquitos adultos presentes na região.
O “fumacê” é aplicado em locais estratégicos e também quando há demandas de moradores registradas através da Ouvidoria, o que pode ser feito pelo DisqueEsteio (telefone 0800-541-0400 - de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h), por WhatsApp (98600-7011 - de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h) ou, ainda, pelo aplicativo eOuve (disponível pela internet em www.eouve.com.br ou para download gratuito nos sistemas Android e iOS nas lojas Google Play e App Store). As demandas também podem ser encaminhadas presencialmente na Central Integrada de Atendimento ao Cidadão (Rua Eng. Hener de Souza Nunes, 150 - subsolo, de segunda a sexta-feira, das 12h30min às 18h).
Dados mais rápidos
O LIRAa foi criado na necessidade de se contar com um levantamento capaz de gerar informações oportunas para aumentar a eficácia do combate ao Aedes aegypti no trabalho de rotina, como também, fornecer informações visando ao balizamento das atividades de mobilização social.
O Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), lançado em julho de 2002 pelo Ministério da Saúde, previu a elaboração de uma metodologia capaz de fornecer dados em apenas uma semana, ao contrário do método tradicional de coletas, com levantamento que, normalmente, apresenta o resultado somente após o fechamento do ciclo bimestral de trabalho.
Na aplicação do LIRAa, é realizado sorteio de visitas em todo município e, no final, o software do PNCD fornece os índices que servirão para diagnosticar o grau de infestação no município e os bairros de maior vulnerabilidade. As informações são importantes para a elaboração de ações por parte da SMS para se evitar a propagação de doenças.
Esclarecendo dúvidas sobre o Aedes aegypti
Como é o mosquito da dengue?
O inseto é um pernilongo escuro com listras brancas e tem por hábito picar durante o dia.
Qual a propagação da contaminação?
Em 45 dias, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
Quanto tempo as larvas do mosquito sobrevivem sem água?
O ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. Se a área receber água novamente, o ovo ficará ativo e poderá atingir a fase adulta em poucos dias. Por isso, após eliminar a água parada, é importante lavar os recipientes com água e sabão.
Como o inseto é infectado?
O Aedes aegypti somente se infecta com o vírus da dengue ao picar uma pessoa com a doença, então o mosquito passa a transmitir o vírus.
Quais os principais sintomas?
- 99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto.
- 60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos.
- 50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital)
- 50% têm prostação, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos.
- 25% têm manchas vermelhas no tórax e braços.
* Importante: A Dengue se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar sintomas respiratórios.
Há tratamento para a doença?
Não existe tratamento específico. Diante a mínima suspeita de dengue, não utilize medicamento a base de ácido acetil-salicílico. Beba bastante água e consulte um médico.
O que fazer se tiver com os sintomas?
Procure a unidade de saúde mais próximas de sua casa ou a emergência do Hospital São Camilo.
Existe vacina contra a dengue? Quantas vezes a pessoa pode ter a doença?
Não existe vacina. Existem quatro tipos de vírus (Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4), pode-se adoecer por cada um dos vírus circulantes que está no mosquito, então, quatro vezes. Cada tipo confere imunidade.
Que cuidados tomar
Para evitar a dengue, o ideal é não deixar água limpa parada. O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas. Não depositar entulhos em terrenos baldios. Coloque areia nos vasos de plantas. Use inseticidas, repelentes, telas nas janelas e mosqueteiros.
Dúvidas e denúncias
Para tirar dúvidas ou denunciar alguma situação irregular, ligue para a Ouvidoria da Vigilância Epidemiológica: 3033-1207
Histórico do IPP de Esteio
2017
Março: 0,7 (baixo)
Novembro: 0,5 (baixo)
2018
Março: 0,5 (baixo)
Junho: 0,4 (baixo)
Setembro: 0,3 (baixo)
Novembro: 1,6 (médio)
2019
Fevereiro: 1,4 (médio)
Maio: 5,7 (alto)
Agosto: 1 (médio)
2020
Janeiro: 0,1 (baixo)
Novembro: 0,9 (baixo)
2021
Abril: 1,5 (médio)
Junho: 9,1 (alto)
Setembro: 4,1 (alto)
Novembro: 4,5 (alto)
2022
Janeiro: 12,3 (alto)
Abril 12,7 (alto)
Julho 7,1 (alto)
Outubro 0,4 (baixo)
2023
Janeiro: 3,1 (médio)
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