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O prefeito Leonardo Pascoal, a diretora-geral da Fundação de Saúde Pública São Camilo de Esteio (Hospital São Camilo), Ana Boll, e o secretário municipal de Saúde, Gilson Menezes, participaram, no final da tarde desta segunda-feira (27), de uma reunião com a titular da Secretaria Estadual da Saúde, Arita Bergmann. 

O encontro, realizado na sede da SES, na Capital, tinha como pauta principal o pedido do Município para a ampliação do número de cirurgias no Hospital São Camilo. Mensalmente, a casa de saúde esteiense, que é referência para municípios da Região 8 da SES, realiza, em média, 190 procedimentos/mês nas áreas de Cirurgia Geral, Proctologia, Traumatologia e Ginecologia, com recursos do Estado através do programa Assistir. Com a estrutura já disponível e com a contratação de mais profissionais mediante aumento do aporte financeiro da SES, esse número poderia ser ampliado para 300. Além disso, Esteio, solicitou a abertura de novos ambulatórios para Cirurgia Geral e Traumatologia. A equipe de Esteio afirmou, ainda, que o São Camilo pode oferecer ambulatórios para o programa Assistir nas áreas de Urologia, Bucomaxilofacial, Oftalmologia e Otorrinolaringologia.

A SES fará um estudo técnico do pedido dos gestores esteienses e sugeriu, ainda, que Esteio assuma cirurgias de alta complexidade na área de traumato-ortopedia, passando a ser referência para pacientes de outros municípios. A diretora-geral do São Camilo encaminhará um relatório da capacidade física e da equipe de profissionais do hospital para atender ao pedido. Em contrapartida, também espera resposta de quanto o Estado poderá financiar para estes ambulatórios.

Fila de espara muito longa
Outra pauta da reunião foi a grande demanda reprimida de consultas com especialistas em municípios referências que atendem Esteio, sobretudo Canoas. Na área de Cardiovascular, 322 esteienses aguardam uma primeira consulta, 88 deles por cateterismo. Nos três primeiros meses de 2023, apenas três esteienses foram atendidos, o que aumenta, ainda mais, a fila, que tem gente esperando desde março do ano passado.

Na área de Ortopedia-Coluna, a fila é ainda maior: 527 pessoas aguardando, algumas delas desde 2018, e apenas uma consulta realizada no primeiro semestre deste ano. Arita afirmou que estão sendo analisadas alternativas para a ampliação do aumento da consulta com a reestruturação de municípios referência em diferentes áreas.

O terceiro assunto tratado foi a reiteração do pedido feito por Esteio, através de ofícios, para que o Município não seja referência em alta complexidade em Gastroenterologia, Cirurgia Pediátrica, Dermatologia e Cardiologia Clínica, pois não tem condições de atender pacientes destas áreas. Entretanto, a CIB-50, resolução que define todas as referências de especialidades no Rio Grande do Sul, referenciou Esteio para atender a população da região. De acordo com Ana Boll, o Estado só poderia incluir nessa resolução, e em todas as demais que venham a modificá-la, as referências que já foram pactuadas com os gestores municipais durante a CIR (fórum regional). Desde 13 de maio do ano passado, a SMS tem encaminhados ofícios ao Estado solicitando a alteração das referências. Na CIR extraordinária, realizada em 24 de fevereiro deste ano para tratar especificamente do assunto, Gilson Menezes reforçou que não teria como atender tais especialidades. A CIB-50, de acordo com a secretária, será readequada.

Também participaram da reunião, a diretora de Gestão da Atenção Especializada (Dgae) da SES, Lisiane Fagundes, e, por videoconferência, a coordenadora da 1ª Regional de Saúde, Ane Nantal.