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Vigilância Ambiental instala armadilhas para monitorar mosquito causador da dengue
18/02/2025
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Créditos: Leo Henrique
Os agentes de combate às endemias Nereu Ribeiro e Fabiana Feijó passaram boa parte da manhã desta terça-feira (18) em ruas do Bairro São Sebastião recolhendo armadilhas de oviposição, um novo sistema implantado pela Vigilância em Saúde de Esteio para coleta de ovos do mosquito Aedes aegypti, vetor transmissor da dengue, zica e febre chikungunya.
Ao todo, 50 ovitrampas, como são chamadas, foram instaladas, no final de janeiro, em residências, estabelecimentos comerciais, escolas, postos de saúde e pontos com grande circulação de pessoas a uma distância de 300 metros entre elas. O objetivo do trabalho é levantar dados da situação de infestação do inseto no Município. A partir do resultado, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) pode estipular melhores estratégias no combate ao mosquito.
A ovitrampa é formada por um pote e uma palheta de madeira. Dentro do pote, é colocada água misturada com 1ml de levedo de cerveja, que serve como atrativo para a fêmea do Aedes aegypti colocar seus ovos, que ficam ficam grudados na palheta de alta aderência, permitindo a coleta e futura contagem. Com isso, o método também ajuda a eliminar possíveis focos de mosquito, pois os ovos não chegam a se desenvolver, interrompendo assim o ciclo de vida do mosquito.
Após instaladas, os agentes voltam ao local após oito dias. Depois da coleta, a água do recipiente é jogada fora e as ovitrampas são levadas para a sede Vigilância Ambiental, junto à SMS, no Centro, onde os servidores analisam as palhetas de madeira com microscópio para fazer a contagem dos ovos. A instalação dos dispositivos é feita a cada 20 dias.
Na primeira coleta, foram encontrados 227 ovos em 47 armadilhas analisadas. Destas, 17 apresentaram ovos do Aedes aegypti. Os dados da segunda coleta ainda serão tabulados.
Além de Nereu e Fabiana, os outros sete agentes de combate às endemias de Esteio estão trabalhando no projeto, instalando e coletando as ovitrampas e, posteriormente, fazendo as análises em laboratório. Os servidores também continuam com as inspeções tradicionais nas casas dos munícipes, chamada de Pesquisa Vetorial Especial (PVE), onde são coletadas as larvas do mosquito.
Até o último dia de janeiro, os agentes que atuam neste serviço já realizaram 2,976 visitas domiciliares, mantendo a média mensal registrada em 2024.
Leve queda, mas cuidado deve ser constante
Ao longo do ano passado, os agentes realizaram 35,7 mil visitas a residências e estabelecimentos comerciais e industriais de Esteio buscando focos de proliferação do mosquito da dengue e orientando moradores sobre os cuidados necessários para se evitar a doença. Ao todo, foram feitas 1.225 análises entomológicas, que constatam se as larvas são ou não do Aedes aegipity. Destas, 535 deram resultado positivo – o que significa negativo para toda a sociedade.
Na comparação com o ano anterior, os dados apontam uma redução da incidência do inseto. Em 2023, foram 1.165 análises com 625 resultados positivos.
A redução nos indicadores não significa, entretanto, que a população pode se esquecer dos cuidados necessários para se evitar o Aedes aegypti, sendo que o principal deles é não deixar água parada. Muito pelo contrário.
A fêmea do mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d'água e cisternas. Não depositar entulhos em terrenos baldios. Coloque areia nos vasos de plantas. Use inseticidas, repelentes, telas nas janelas e mosqueteiros.
Busque a rede de saúde
Em caso de sintomas, como febre, dor de cabeça, nas articulações, músculos e atrás dos olhos, é necessário buscar atendimento na rede de saúde pública ou privada, se tiver convênio. A fêmea do Aedes costuma picar no início da manhã e no final da tarde. A picada não dói, não deixa marca e muitas vezes passa despercebida.
As denúncias de possíveis focos de dengue podem ser feitas através da ouvidoria (contatos abaixo).
No ano passado, 3.911 moradores de Esteio procuraram os serviços de saúde com sintomas da doença e realizaram exames, sendo que 2.561 foram confirmados. Duas pessoas morreram em razão do agravamento da doença no município. Em 2025, já foram 43 notificações de casos suspeitos, mas nenhum foi confirmado.
Solicite serviços
Além de ações de educação permanente junto à população, da identificação de focos e do fomento de estratégias com profissionais da saúde, a SMS faz o combate ao mosquito através da aplicação de produtos químicos em locais com larvas e da pulverização de veneno em pontos específicos em especial ao entorno da residência de um caso confirmado de dengue.
Quando os esteienses identificarem focos de água parada com potencial para o desenvolvimento do mosquito em áreas públicas, terrenos abandonados ou casas com piscinas sem o devido cuidado, a demanda pode ser registrada através da Ouvidoria da Prefeitura. A solicitação pode ser feita pelo DisqueEsteio, pelos telefones 156 e 0800-541-0400 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h), por WhatsApp, pelo número 2700-4350 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h) ou, ainda, pelo aplicativo eOuve www.eouve.com.br ou para download gratuito nos sistemas Android e iOS nas lojas Google Play e App Store). As demandas também podem ser encaminhadas presencialmente na Central Integrada de Atendimento ao Cidadão (Rua Eng. Hener de Souza Nunes, 150 - subsolo, de segunda a sexta-feira, das 12h30min às 18h).
Esclarecendo dúvidas sobre o Aedes aegypti
Como é o mosquito da dengue?
O inseto é um pernilongo escuro com listras brancas e tem por hábito picar durante o dia.
Qual a propagação da contaminação?
Em 45 dias, um único mosquito pode contaminar até 300 pessoas.
Quanto tempo as larvas do mosquito sobrevivem sem água?
O ovo do mosquito pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado estiver seco. Se a área receber água novamente, o ovo ficará ativo e poderá atingir a fase adulta em poucos dias. Por isso, após eliminar a água parada, é importante lavar os recipientes com água e sabão.
Como o inseto é infectado?
O Aedes aegypti somente se infecta com o vírus da dengue ao picar uma pessoa com a doença, então o mosquito passa a transmitir o vírus.
Quais os principais sintomas?
- 99% das pessoas apresentam febre durante cerca de sete dias com início abrupto.
- 60% têm dor de cabeça frontal severa, dores nas articulações e músculos.
- 50% têm dor atrás dos olhos (retro-orbital)
- 50% têm prostração, indisposição, perda de apetite, náusea e vômitos.
- 25% têm manchas vermelhas no tórax e braços.
* Importante: A Dengue se diferencia de resfriados e gripes por não apresentar sintomas respiratórios.
Há tratamento para a doença?
Não existe tratamento específico. Diante a mínima suspeita de dengue, não utilize medicamento a base de ácido acetilsalicílico. Beba bastante água e consulte um médico.
O que fazer se estiver com os sintomas?
Procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa, a emergência do Hospital São Camilo ou a rede particular, se tiver convênio;
Dúvidas e denúncias
Para tirar dúvidas ou denunciar alguma situação irregular, ligue para a Ouvidoria da Vigilância Epidemiológica: 2700-2315.
Outros contatos para denúncia
Ouvidoria da Prefeitura, pelo telefone 0800-541-0400 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h), por WhatsApp, pelo número 2700-4350 (de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min das 12h30min às 18h) ou, ainda, pelo aplicativo eOuve (disponível pela internet em www.eouve.com.br ou para download gratuito nos sistemas Android e iOS nas lojas Google Play e App Store).
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